O câncer infantil é uma das principais causas de morte de crianças e adolescentes no Brasil. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, em 2021, sejam diagnosticados no país cerca de oito mil novos casos.

O Serviço de Oncologia e Hematologia do Hospital Pequeno Príncipe é referência no atendimento dos casos de câncer infantil há mais de cinco décadas. Anualmente, atende a cerca de cem novos casos da doença. “O diagnóstico precoce do câncer infantil é fundamental para aumentar as chances de cura da criança”, salienta a oncologista Gabriela Caus (CRM Paraná 24.797), do Hospital Pequeno Príncipe.

Mitos e verdades sobre o câncer infantil e a importância do diagnóstico precoce.

O câncer infantojuvenil tem grande percentual de cura

VERDADE – Em média, quando diagnosticado precocemente, 80% dos casos da doença entre crianças e adolescentes podem ter cura. Com o tratamento correto, o câncer pode ser controlado e entrar em remissão. Além disso, se o paciente não apresenta nenhum sinal ou sintoma, pode vir a ser considerado curado cinco anos após o término do tratamento.

Crianças com câncer podem tomar vacina

DEPENDE – No caso das crianças que estão em tratamento de quimioterapia, por exemplo, não é recomendada a aplicação das vacinas de vírus vivos como a da poliomielite, sarampo, rubéola e febre amarela, pois é grande o risco de uma infecção parecida com a natural, visto que a imunidade do paciente está baixa. Já as outras vacinas (que não usam o vírus vivo), como a da coqueluche, tétano, hepatite B, pneumococo e influenza, podem ser liberadas de acordo com o quadro e a necessidade de cada menino ou menina.

O câncer infantojuvenil não tem diferença em relação à doença nos adultos

VERDADE – O câncer mais comum em adultos, como o de pulmão ou de mama, tem o nome de carcinoma, que vem de células epiteliais e pode ter origem no estilo de vida ou mesmo por algum fator ambiental, e raramente surge em crianças. No público infantojuvenil, a doença costuma vir de células germinativas, embrionárias, do momento em que o feto se desenvolvia durante a gestação. Elas têm comportamento diferente e são mais sensíveis ao tratamento.

O paciente com câncer está mais suscetível a infecções

VERDADE – Como a pessoa que faz tratamento contra o câncer fica com o sistema imunológico comprometido, é mais fácil sim pegar uma infecção e ter maior dificuldade para combatê-la.

Diretor-técnico: Donizetti Dimer Giamberardino Filho – CRM Paraná 5647

Fonte: G1