O câncer de ovário é uma doença que merece extrema atenção. De todos os tumores ginecológicos, é o mais letal, por ser um tipo de tumor silencioso. De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, sete em dez pacientes morrem em decorrência do câncer de ovário no país.
Para alertar a população sobre a doença, foi criado o Dia Mundial do Câncer de Ovário, celebrado nesta quarta-feira, dia 8 de maio. A data foi idealizada em 2013, por um grupo de líderes de organizações de defesa da doença em todo o mundo, visto que o câncer de ovário é de difícil diagnóstico nos casos iniciais.
No entanto, alguns cuidados pessoais podem auxiliar no diagnóstico precoce da doença, conforme conta o ginecologista e cirurgião oncológico do Hospital São Lucas, Dr. José Carlos Barboza Gama Filho. “O câncer de ovário demora a apresentar indícios, o que leva a mulher a não desconfiar da doença. É importante que cada uma conheça bem o seu próprio corpo, pois alguns sintomas são sutis como inchaço abdominal ou sensação de estômago cheio rapidamente após as refeições, dor pélvica (um pouco diferente da cólica menstrual, porém contínua), mudanças no hábito intestinal (diarreia ou constipação), perda de peso de forma rápida e fraqueza”.
Os tumores de ovários se dividem em três grandes categorias. Os tumores epiteliais que começam a partir das células que cobrem a superfície externa do ovário, em geral acomete mulheres acima de 50, 60 anos, representam cerca de 85% dos casos. Os tumores de células germinativas, que começam a partir das células que produzem os óvulos, geralmente mais raros, representam cerca de 5% dos casos de câncer de ovário. Os tumores estromais, que começam a partir de células que formam o ovário e que produzem os hormônios femininos: o estrogênio e a progesterona.
De acordo com o Dr. José Carlos, alguns desses tumores são benignos e não se disseminam para além do ovário. Já os tumores ovarianos malignos ou limítrofes (baixo potencial de malignidade) podem se disseminar para outras partes do corpo”, esclarece.
De acordo com o médico, não há exames de rotina que possam detectar o câncer de ovário em estágios iniciais, quando é mais tratável. O exame de ultrassom pélvico e o exame de sangue CA-125 são às vezes usados para detectar o câncer de ovário em mulheres de alto risco ou em mulheres com sintomas sugestivos, mas esses exames não são precisos o suficiente para serem usados como uma medida de triagem de rotina em mulheres sem sintomas ou história familiar. É importante que as mulheres conversem com seu médico sobre quais exames de triagem são apropriados com base em sua história familiar e outros fatores de risco.
Fonte: Santa Casa BH / Imagem: Freepik
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