O sarcoma de Ewing é um tumor maligno que afeta principalmente crianças, adolescentes e jovens adultos, com pico de incidência em torno dos 15 anos, de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer).
O mais comum é que o sarcoma ocorra nos ossos e, em ordem de frequência, se dá nas extremidades inferiores, no quadril, nas coxas, no tórax, na extremidade superior, na coluna, na mão e no crânio. O tumor também pode aparecer nas partes moles em volta dos ossos e é recorrente no tronco, extremidades, cabeça, pescoço e retroperitônio. Ainda podem existir sarcomas que misturam as características ósseas e extraósseas, mas são extremamente raros.
Apesar dos sarcomas de Ewing serem divididos em três tipos, todos se caracterizam pelas mesmas anomalias genéticas, em que trechos de dois cromossomos, o 11 e o 22, se fundem e dão origem a uma proteína que faz com que as células se reproduzam descontroladamente, dando origem ao tumor.
Qual a causa? E os sintomas?
Infelizmente, esse é um câncer que a ciência não conseguiu desvendar. A causa do sarcoma de Ewing é desconhecida e não existem fatores de risco claramente associados a doença. O Inca afirma que o câncer não pode ser prevenido, não é herdado e não se conhece associação com estilo de vida ou ambiente.
Os pacientes costumam buscar ajuda médica quando sentem dor óssea ou incômodo –da pressão causada pelo tumor –, febre baixa, perda de peso, mal-estar e fraqueza. Como os sintomas são um tanto vagos, podem ser confundidos com outras doenças ou até dor de crescimento e atrasar o tratamento. Ao conseguir realizar o diagnóstico, 25% dos pacientes apresentam metástases que podem ocorrer nos pulmões, ossos e medula óssea, segundo dados do Hospital do Amor.
“Sempre é assim em casos de câncer, quanto antes o diagnóstico, melhor o prognóstico. A recomendação é que quando os incômodos aparecerem e persistirem o paciente vá ao médico”, alerta Suely Nakagawa, especialista em sarcomas e tumores ósseos e diretora de ortopedia do A.C. Camargo Cancer Center. “Nos casos de sarcoma de Ewing, a posição do tumor também pode prejudicar a rapidez do diagnóstico. Se ele estiver ‘escondido’ e seu crescimento não for tão aparente quanto seria nas pernas, por exemplo, pode ser mais difícil do paciente notar”, completa.
Quando se identifica o câncer, o tratamento mais comum é fazer quimioterapia, cirurgia para retirar o tumor, e quimioterapia depois da operação. Se a cirurgia não for recomendada pela posição do tumor, sessões de radioterapia também podem ser indicadas. “O tratamento é individual e depende de vários fatores. Hoje em dia posso dizer que a taxa de sobrevivência é de cerca de 70%”, afirma Nakagawa.
Fonte: Viva Bem
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