Uma nova abordagem no tratamento contra o câncer está gerando grande expectativa: vacinas personalizadas que utilizam tecnologia similar às vacinas contra a COVID-19. Essas vacinas prometem uma revolução, oferecendo uma alternativa mais definitiva para o combate de certos tipos de câncer. Steve, diagnosticado com melanoma, tornou-se o primeiro paciente a testar essa inovação, que utiliza seu próprio DNA para criar uma vacina personalizada. A vacina funciona identificando os “neoantígenos” das células cancerosas, estruturas específicas que denunciam o câncer ao sistema imunológico.
O processo envolve retirar uma amostra do tumor e compará-la com o DNA normal do paciente. Um programa de computador analisa essas amostras para identificar os alvos mais visíveis ao sistema de defesa do paciente. Esses alvos são então codificados no RNA mensageiro da vacina, orientando o sistema imunológico a identificar e combater as células cancerosas.
Diferente das vacinas tradicionais, esta não é preventiva, mas terapêutica, ensinando o corpo a reconhecer e destruir células cancerosas já existentes. Os testes estão em andamento em diversos países, inclusive no Brasil, com avanços promissores. No Reino Unido, a pesquisa avança com o apoio do sistema público de saúde e visa tornar o país uma referência no desenvolvimento dessas vacinas.
A vacina contra melanoma, atualmente na fase 3 de testes, é uma das mais avançadas. A vacina para o câncer de intestino, desenvolvida em Birmingham, ainda está na fase 2. Uma preocupação atual é o custo elevado, devido às complexas etapas de produção, como o sequenciamento genético. A expectativa é que esses tratamentos tragam menos efeitos colaterais do que a quimioterapia tradicional, oferecendo uma nova esperança para pacientes como Steve, que já compartilha sua experiência nas redes sociais e planeja lançar um álbum para arrecadar fundos para as pesquisas.
Com informações do Fantástico
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