Quando o médico pergunta sobre casos de câncer na família durante um check-up, ele está avaliando o risco hereditário, que representa no máximo 10% dos diagnósticos. A maior parte dos tumores está ligada a alterações adquiridas no DNA celular, causadas por hábitos de vida e exposição ambiental. Mesmo com histórico familiar, é possível reduzir os riscos.

O câncer se desenvolve por alterações no DNA das células, influenciadas tanto por herança genética quanto por fatores externos. Para quem tem casos na família, é fundamental conhecer o tipo de câncer e a idade em que os parentes foram diagnosticados. Diagnósticos antes dos 50 anos indicam maior influência genética, especialmente nos cânceres de mama, ovário e intestino.

Exames genéticos, como os que identificam mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, ajudam a mapear o risco e orientam estratégias preventivas, como o rastreamento precoce. No caso do câncer de mama, é possível iniciar a prevenção aos 25 anos com ressonância anual, complementada por mamografia a partir dos 30.

A prevenção, no entanto, vai além do histórico familiar. Controlar o peso é essencial, já que a obesidade está associada a vários tumores. A prática regular de atividade física fortalece o sistema imunológico e ajuda a equilibrar hormônios e inflamações. A alimentação saudável, livre de ultraprocessados, e o abandono do tabagismo e do álcool também são fundamentais.

Doenças como diabetes, hipertensão e colesterol elevado, além de distúrbios emocionais como estresse e depressão, também influenciam o risco de câncer. Cuidar da saúde física e mental, manter bons hábitos e fazer acompanhamento médico são atitudes importantes na prevenção, mesmo com histórico familiar.

Com informações do Metrópoles
Resumo adaptado por Projeto AMIGOS