Um novo protótipo desenvolvido por pesquisadores da USP e do Instituto Federal de São Paulo promete revolucionar o rastreamento do câncer de mama. A inovação utiliza ondas eletromagnéticas para mapear possíveis tumores, sem necessidade de compressão nos seios ou exposição a raios-X.
O funcionamento é semelhante ao de um radar: o aparelho emite pulsos eletromagnéticos que atravessam a pele e detectam as diferentes densidades dos tecidos da mama. Esses dados são gravados em um microchip e decodificados por um algoritmo, que gera um mapa indicando possíveis alterações. O método é especialmente eficaz para mulheres com seios densos, comuns em faixas etárias mais jovens, dificultando a detecção por mamografia.
O professor Bruno Sanches, da Poli-USP, destaca: “Esse tipo de sistema teria vantagem, principalmente para mulheres jovens.” A relevância aumenta diante da recente proposta da agência reguladora de planos de saúde, que sugere iniciar a mamografia aos 50 anos, a cada dois anos — o que pode dificultar o diagnóstico precoce em mulheres mais novas.
Além da precisão, o aparelho se diferencia pelo custo: cerca de 175 dólares para fabricação, contra os 65 mil a 240 mil dólares de um mamógrafo tradicional. Outra vantagem é a mobilidade, tornando possível o rastreamento em áreas remotas. Em um futuro próximo, o equipamento poderá até permitir exames em casa, com envio de dados para análise por inteligência artificial, como já ocorre com oxímetros e medidores de pressão.
Sanches reforça: “Não é para substituir a mamografia, mas sim complementar. Pode ser mais uma forma de acompanhamento.” O dispositivo é seguro e utiliza ondas comuns do cotidiano, como as do bluetooth e micro-ondas, permitindo exames frequentes sem riscos à saúde.
A tecnologia ainda não está em fase de testes clínicos no Brasil, mas já representa um avanço acessível e promissor. E você? Se tivesse a opção, faria esse exame alternativo? Compartilhe nos comentários!
Com informações do g1
Resumo adaptado por Projeto AMIGOS
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