João Almeida Dias tem uma conexão única com os animais que vivem ou passam pela sua fazenda. Diagnosticado com câncer no reto no início de 2024, ele encontrou na convivência com esses bichos um refúgio e motivação para enfrentar a doença. “Esses bichos que estou cuidando me ajudaram muito no meu câncer. Fiz quimioterapia e nem lembro que tive câncer. Fui curado por meio dos meus bichinhos”, conta João.
Na internet, onde compartilha vídeos desde 2020 com seu fiel cão Jack, da raça border collie, João já tem mais de 480 mil seguidores. Além de Jack, que tem sete anos, há a Julie, também border collie; o Speed, pastor belga malinois; a Lola, apelidada de “fiapo de manga”; e o Fred, um vira-lata. Mas não são só cães que fazem parte dessa convivência especial: a maritaca Anica, a calopsita Tico, os javalis Tião, Abelinha e Pikachu e os papagaios Bartolo, Lola, Juninho e Louro também são visitantes ou moradores do local.
O mais curioso é que todos os animais vivem soltos e livres para irem embora quando quiserem. “Os veadinhos foram embora, os tucanos, na época de acasalamento, também. Os quatis e os cachorros-do-mato vivem por aqui, mas vão embora quando quiserem”, relata João. Segundo ele, os javalis foram resgatados ainda filhotes, após perderem a mãe, e os papagaios foram doados por uma moradora após a morte de seu marido.
Recentemente, a fazenda recebeu duas novas visitantes: as quatis Mili e Kiki. João compartilha vídeos diários mostrando a rotina de todos eles, sempre reforçando o respeito pela natureza. “As quatis preferem viver nas árvores, passando chuva e frio, mas é o jeito deles. Melhor do que ficar preso em um quarto”, destaca.
Desde que se separou, João passou a morar sozinho na fazenda, e foi justamente o convívio com o cão Jack que despertou seu amor pelos bichos. “Esse cachorro gosta mais dos animais do que eu. Ele sempre trazia passarinhos machucados e eu comecei a cuidar”, lembra.
Sobre os custos para manter todos os bichos, João prefere não contabilizar. “Só com a alegria que eles me dão, não tem dinheiro que pague”, diz. Consciente do sucesso nas redes sociais, ele garante que não quer monetizar os vídeos. “Tenho compromisso com meus seguidores. Não quero ganhar dinheiro, porque para eu ganhar, alguém tem que perder”, finaliza João.
Com informações do g1 Itapetininga e Região; resumo adaptado pelo Projeto AMIGOS
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