O Congresso da Sociedade Americana de Clínica Oncológica (ASCO 2025), realizado em Chicago no início de junho, trouxe inovações significativas no diagnóstico e tratamento do câncer. Uma das principais revelações foi o estudo Destiny‑Breast 09 sobre câncer de mama HER2‑positivo avançado ou metastático: a combinação de trastuzumabe deruxtecan com pertuzumabe aumentou em mais de um ano a sobrevida livre de progressão, comparada ao tratamento padrão de 2012, beneficiando cerca de 20% dos casos que manifestam metástase.
No câncer de cabeça e pescoço, o estudo Nivopostop demonstrou que, em pacientes operados com alto risco de recidiva, a adição de nivolumabe à quimioterapia elevou a sobrevida sem progressão de 52,5% para 63,1%. Já no câncer gástrico, o estudo Matterhorn exibiu redução de risco de recidiva ou morte em 29% quando o durvalumabe foi incluído ao tratamento padrão.
Nos pacientes com câncer de cólon estágio III e defeito de reparo de incompatibilidade (dMMR), o ensaio Atomic apontou redução de 50% na recorrência ou morte associando atezolizumabe à quimioterapia adjuvante. Além disso, o estudo Challenge mostrou que a prática de exercícios aeróbicos vigorosos após a quimioterapia diminuiu em 28% o risco de recorrência ou mortalidade.
A imunoterapia também ganhou atenção especial. Um estudo revelou que iniciar o tratamento antes das 15h em pacientes com câncer de pulmão eleva em 57% as chances de sobrevivência, hipótese atribuída à maior atividade das defesas nas manhãs . Em pessoas com melanoma, a ingestão de cerca de 30 g de fibras diárias resultou em melhores respostas ao tratamento e menor recidiva, reforçando a importância da nutrição aliada à terapêutica.
Esses avanços mostram uma medicina em rápida evolução, com tratamentos mais personalizados e eficazes, somados ao apoio de estratégias acessórias como exercícios e alimentação adequada. Profissionais como a oncologista Juliana Alvarenga destacam que essas descobertas representam um salto qualitativo na luta contra o câncer, oferecendo esperança concreta e novas direções para pacientes e médicos.
“São dados altamente promissores, pois, além de prolongar vidas, trazem qualidade nessa fase de tratamento”, afirma Alvarenga. De fato, os resultados do ASCO 2025 reforçam que a combinação de inovação científica e cuidados integrados está redefinindo os protocolos oncológicos.
Com informações de A Gazeta; imagem Freepik
Descubra mais sobre Projeto AMIGOS - 16 anos
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
