O câncer de pâncreas é uma das doenças mais perigosas do mundo, com alta letalidade. Poucos pacientes conseguem sobreviver após o diagnóstico. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelou que, em 2020, essa doença causou 5.882 mortes entre homens e 6.011 entre mulheres no Brasil. Trata-se do sétimo câncer mais mortal para eles e o quinto para elas.

Entender os sintomas do câncer de pâncreas é um ato de autocuidado. Embora os sinais não sejam específicos e apareçam tardiamente, reconhecer os indícios pode ser decisivo para buscar ajuda e diagnóstico precoce.

Os sintomas variam de acordo com a localização e extensão do tumor. Tumores na cabeça do pâncreas frequentemente causam icterícia – amarelamento da pele e mucosas – devido à obstrução biliar. A diarreia persistente, especialmente com fezes claras ou acinzentadas, pode indicar que o tumor está interferindo na produção de enzimas digestivas, prejudicando a digestão de gorduras. A urina escura, provocada pelo acúmulo de bilirrubina, também é um sinal relevante.

Além disso, a fadiga intensa, fraqueza sem esforço físico, aumento repentino dos níveis de açúcar no sangue e perda de apetite com emagrecimento inexplicável são sintomas que merecem atenção. A dor abdominal contínua, muitas vezes irradiando para as costas, náuseas e vômitos frequentes também podem ocorrer à medida que o tumor cresce e afeta outras estruturas.

Fatores de risco incluem diabetes, obesidade, dieta rica em gordura e pobre em frutas e vegetais, além da exposição a produtos químicos. A pancreatite crônica e o tabagismo também elevam o risco.

Segundo especialistas da Clínica Mayo, o câncer de pâncreas raramente é identificado nos estágios iniciais. Isso se deve ao fato de que os sintomas geralmente só aparecem quando a doença já está avançada.

Ao notar qualquer alteração no corpo, é essencial procurar um médico. Exames de rotina, alimentação saudável, hidratação e atividade física são medidas simples que promovem saúde e ajudam na prevenção.

Com informações de Gazeta de SP