Uma startup desenvolveu uma tecnologia capaz de detectar sinais de retorno do câncer de mama com antecedência, por meio de uma simples amostra de sangue. O sistema monitora a presença de biomarcadores relacionados à recidiva da doença, permitindo um acompanhamento mais eficaz e individualizado das pacientes.
A proposta é integrar essa ferramenta ao fluxo de monitoramento oncológico, oferecendo uma alternativa menos invasiva aos métodos convencionais, como exames de imagem e biópsias. O objetivo é detectar alterações silenciosas no corpo antes que elas se manifestem clinicamente, aumentando as chances de intervenção precoce e melhorando desfechos terapêuticos.
Testes conduzidos com pacientes em seguimento após o tratamento indicaram que a tecnologia identificou recidivas antes mesmo de sinais clínicos ou radiológicos serem evidentes. Esse avanço pode representar uma redução significativa na necessidade de exames invasivos, além de proporcionar economia de tempo e recursos para o sistema de saúde.
A ferramenta utiliza inteligência artificial para analisar dados moleculares presentes no sangue, cruzando padrões de expressão genética e proteica. Essa abordagem permite identificar perfis específicos associados à volta da doença, possibilitando alertas precoces aos médicos. Assim, é possível intensificar o acompanhamento de quem apresenta indícios de risco.
Especialistas acreditam que a aplicação dessa tecnologia poderá redefinir os protocolos de vigilância em câncer de mama. Em vez de adotar um cronograma fixo de exames, o acompanhamento poderia se tornar sob demanda, guiado por resultados biomoleculares. Isso traria mais conforto às pacientes e maior eficiência aos serviços de saúde.
O uso de amostras de sangue simples, como as utilizadas nos exames de rotina, torna a abordagem facilmente integrável à realidade clínica. Além disso, a análise feita por algoritmos pode ser automatizada, reduzindo variabilidade na interpretação dos dados e acelerando o tempo de resposta.
A expectativa é que, com a adoção dessa tecnologia, seja possível diagnosticar recorrências com semanas ou meses de antecedência em relação aos métodos tradicionais. Esse ganho temporal pode significar tratamentos menos agressivos, melhor qualidade de vida e maior taxa de sucesso terapêutico.
Embora ainda em fase de validação, a inovação mostra o quanto a convergência entre biologia molecular e inteligência artificial pode transformar a oncologia. Com avanços assim, a medicina de precisão se aproxima cada vez mais do perfil personalizado, possibilitando cuidados verdadeiramente adaptados a cada paciente.
Com informações do Olhar Digital
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