No coração das grandes cidades do interior nordestino, o mês de junho é sinônimo de festa, fogueira e tradição. É tempo de São João, São Pedro, Santo Antônio e de multidões dançando forró pelas ruas, ao som da sanfona, sob os céus enfeitados de bandeirolas. A cidade pulsa em um ritmo diferente. Mas para quem está enfrentando o câncer, essa época tão vibrante pode trazer desafios silenciosos.
Pacientes oncológicos, que muitas vezes já lidam com a baixa imunidade e o corpo fragilizado pelos tratamentos, precisam redobrar os cuidados. As aglomerações típicas dessas festas aumentam o risco de infecções. O sistema imunológico enfraquecido pode transformar uma simples gripe em algo muito mais sério. Por isso, é importante priorizar ambientes arejados, evitar contato próximo com pessoas gripadas e, se possível, usar máscara.
A alimentação é outro ponto de atenção. Por mais que seja tentador saborear pamonha, canjica, bolo de milho e outras delícias típicas, o ideal é que tudo seja consumido com moderação e preparo seguro. Alimentos muito gordurosos ou mal conservados podem causar desconfortos ou até infecções intestinais, algo perigoso para quem está em tratamento.
Enquanto as prefeituras investem milhões em estruturas, atrações e fogos de artifício, a saúde pública segue com lacunas, especialmente no cuidado com pacientes crônicos como os oncológicos. A pergunta que ecoa no meio da festa é: será que o mesmo entusiasmo com que se monta o palco da festa é aplicado nas políticas públicas de saúde?
Celebrar é importante. Mas cuidar da vida é essencial. Que os dias de festa também tragam consciência e empatia com quem precisa de mais do que alegria: precisa de apoio, cuidado e dignidade.
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