O câncer de mama é o tipo mais prevalente entre mulheres, com cerca de 2,3 milhões de novos casos anuais no mundo e mais de 73 mil diagnosticados em 2025 no Brasil, segundo estimativas do INCA. Em resposta a esse cenário, surge um otimismo real com três importantes novidades apresentadas no congresso da ASCO, em Chicago (30 de maio a 3 de junho).

1. Biópsia líquida como alerta precoce
No estudo SERENA‑6, pacientes com câncer metastático ER+ e HER2‑ foram monitoradas por exame de sangue para a mutação ESR1 — indicativo de resistência hormonal. Quem apresentou a mutação foi trocada precocemente para camizestranto, mesmo sem evidência clínica de progressão, antecipando ajustes terapêuticos.

2. Drogas inteligentes no combate ao HER2+
Para o câncer metastático HER2+, terapias de precisão empregam anticorpos conjugados que levam diretamente a quimioterapia às células tumorais, poupando tecidos saudáveis. Essa estratégia aprimora a eficácia e reduz efeitos adversos .

3. Terapia sistêmica mais eficaz e tolerável
Avanços recentes incluem inibidores de ciclina (como palbociclib, ribociclib, everolímus) associados à hormonoterapia em tumores ER+ avançados. Tais associações aumentam a sobrevida livre de progressão e apresentam perfil de efeitos colaterais mais suave.

Essas inovações indicam que o tratamento do câncer de mama está se tornando cada vez mais personalizado, com precisão diagnóstica, terapêutica e de acompanhamento. A combinação de biópsia líquida, drogas-alvo e terapias inteligentes representa um marco na oncologia, trazendo esperança de cura mais rápida, menos efeitos colaterais e maior qualidade de vida para pacientes — mesmo em estágios avançados.

Essas conquistas reforçam que o câncer de mama não é mais tratado de forma genérica, mas com estratégias adaptadas a cada subtipo tumoral e resposta individual, melhorando significativamente o prognóstico feminino.

Com informações de UOL Vivabem