Silencioso e muitas vezes assintomático em suas fases iniciais, o câncer de rim surpreende e é mais comum do que se imagina. Em 2023, o Inca estimou cerca de 15 000 novos casos por ano no Brasil, em órgãos responsáveis pela filtragem do sangue e eliminação de toxinas pela urina. O Junho Laranja – mês de conscientização – destaca que a doença afeta mais homens e reforça a importância do diagnóstico precoce.
O tipo mais frequente é o carcinoma de células claras, responsável por até 80% dos casos, seguido por carcinoma papilar, cromófobo, urotelial e o tumor de Wilms (em crianças). O principal desafio é a ausência de sintomas; muitas vezes, o tumor é descoberto por acaso em exames de imagem solicitados para outros fins.
Especialistas alertam: quanto mais cedo for o diagnóstico, maiores as chances de cura – quando localizado, pode ultrapassar 90%. Os sinais de alerta incluem presença de sangue na urina (hematúria), dor lombar persistente, massa abdominal palpável, perda de peso inexplicável, febre recorrente, fadiga e anemia. Menos de 10% dos pacientes apresentam sintomas evidentes, o que reforça a importância da vigilância.
Entre os fatores de risco estão tabagismo (associa-se a cerca de 30% dos casos), obesidade, hipertensão e exposição prolongada a solventes industriais e agrotóxicos. Histórico familiar e síndromes genéticas hereditárias, como a Doença de Von Hippel-Lindau, também contribuem.
O diagnóstico baseia-se em exames de imagem – ultrassonografia abdominal, tomografia ou ressonância magnética – e, em casos selecionados, biópsia. Em termos de tratamento, avanços recentes nas terapias-alvo e imunoterápicas têm sido menos agressivos do que a quimioterapia tradicional. Para tumores pequenos e localizados, a nefrectomia parcial é indicada; em casos mais avançados, pode ser necessária a retirada total do rim (nefrectomia radical), associada a terapias sistêmicas.
A prevenção é possível: alimentação balanceada, controle da pressão, manutenção do peso adequado, cessação do tabagismo e exames regulares são medidas efetivas. Estilo de vida saudável aliado à atenção aos sintomas são estratégias fundamentais para reduzir fatores de risco e aumentar a chance de cura precoce.
Com informações de Folha Vitória
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