Bruna Maria Gettert, de 24 anos, começou a sentir fortes dores no estômago no final de 2020. Inicialmente, foi tratada para gastrite e recebeu diagnóstico de ansiedade, apesar de sua experiência com acompanhamento psicológico. A dor se intensificou, acompanhada de perda de 10 kg, até que, em 2021, foi detectada pedra na vesícula e passou por cirurgia. Porém, os sintomas pioraram: passou a ter dificuldade para engolir alimentos e líquidos, crises diárias e medo de comer. Em janeiro de 2023, foi internada com anemia grave.
Exames feitos por meio de endoscopia e tomografia indicaram um tumor de aproximadamente 10 cm no abdômen. Inicialmente, foi classificado como tumor estromal gastrointestinal (GIST), o que trouxe alívio por dar sentido aos seus sintomas após anos de incertezas. Teve início o tratamento com quimioterapia, mas enfrentou efeitos colaterais severos – como hemorragias, náuseas e edema facial – e decidiu buscar uma segunda opinião.
Em março de 2024, revisão das biópsias por um especialista em Porto Alegre revelou que se tratava, na verdade, de um tumor neuroendócrino bem diferenciado de grau 2. O tumor reduziu de 10 cm para cerca de 7 cm, não pode ser removido cirurgicamente, mas está estabilizado. Hoje, Bruna faz quimioterapia oral e é considerada paciente em cuidados paliativos – o que significa controle da doença com qualidade de vida.
Com mais de 27 mil seguidores no TikTok, Bruna compartilha sua trajetória para alertar pessoas sobre a possibilidade de câncer em jovens, ajudar familiares a entenderem a realidade oncológica e desmistificar o conceito de “paliativo”. Apesar do termo ser confundido com estado terminal, ela enfatiza que é possível viver ativa e com dignidade mesmo nessa condição.
Segundo a oncologista Emily Tonin da Costa, do Hospital Círculo, tumores neuroendócrinos de grau 2 têm crescimento intermediário, e o tratamento visa estabilizar a doença, aliviar sintomas e preservar qualidade de vida. Opções terapêuticas podem incluir cirurgia, medicamentos, terapia com radiofármacos e quimioterapia, dependendo do caso.
Com informações do jornal digital GZH
Descubra mais sobre Projeto AMIGOS - 16 anos
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
