O câncer de pâncreas é notoriamente agressivo: o adenocarcinoma ductal pancreático, responsável por cerca de 85% dos casos, se desenvolve nos ductos e invade regiões adjacentes, como o fígado e peritônio. Esse tipo é rápido e frequentemente detectado tardiamente, quando os sintomas surgem — perda de peso inexplicável, dor abdominal ou nas costas, icterícia, náusea e diminuição do apetite.

A maioria dos diagnósticos ocorrem em estágios avançados: apenas 10% a 15% são identificados precocemente, quando ainda há chance de cirurgia com fim curativo. O estágio do tumor no momento do diagnóstico é o principal determinante do prognóstico.

O perigo do câncer pancreático engloba vários fatores: crescimento veloz, propensão à invasão de órgãos vizinhos, disseminação por vasos linfáticos e sanguíneos, e necessidade frequente de quimioterapia pré ou pós‑cirúrgica. Ainda assim, existem formas menos agressivas, como tumores neuroendócrinos bem diferenciados, ou lesões pré‑malignas, como IPMN, que demandam acompanhamento médico rigoroso.

A detecção precoce é fundamental para elevar a chance de controle da doença — até 90%, segundo especialistas. No entanto, ainda não há exames de rastreamento efetivos para a população geral, como os da mama ou colo do útero. Técnicas promissoras, como biópsia líquida, estão em estudo, mas ainda não integradas à prática clínica.

Recomenda‑se atenção especial a pessoas com histórico familiar ou síndromes genéticas: nesses casos, exames de imagem — como ressonância magnética ou ultrassonografia endoscópica — podem ser indicados como medida preventiva.

Sinais como perda de peso inexplicável, dor abdominal persistente, icterícia, náuseas e falta de apetite exigem atenção médica imediata, pois podem indicar a doença . O estágio em que o tumor é identificado evidencia a importância de diagnóstico precoce — quanto mais cedo, melhor o desfecho.

Com informações de CNN Brasil