Realizar consultas periódicas ao pediatra, oftalmologista e dentista é essencial para detectar o câncer infantil em estágio inicial. Diferente dos adultos, fatores de estilo de vida raramente causam tumores em crianças, que geralmente surgem por mutações embrionárias. Diagnósticos precoces permitem tratamentos menos agressivos e maiores chances de cura, chegando a 70 % em centros como o GRAACC, e até 90 % em neoplasias como tumores de Wilms e retinoblastoma.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimou 7.930 novos casos por ano entre 2023 e 2025 no Brasil, em indivíduos de 0 a 19 anos. Os sinais se confundem com doenças comuns, por isso atenção redobrada aos sintomas que não desaparecem rapidamente.
Principais sinais a observar:
- Febre persistente sem causa aparente
- Manchas roxas na pele ou palidez inexplicada
- Perda de peso
- Dor matinal na cabeça, convulsões ou fraqueza em um lado do corpo
- Gânglios aumentados
- Reflexo branco na pupila em fotos com flash (sinal de retinoblastoma)
- Inchaço ocular ou estrabismo
- Problemas dentários incomuns
- Falta de ar sem causa aparente
- Sangue na urina
- Aumento testicular
- Barriga grossa ou endurecida
- Puberdade precoce
- Dor óssea ou nas articulações
- Aparecimento de nódulos sem trauma
- Pressão alta
Quando pais e cuidadores identificam esses sinais fora do padrão habitual da criança, o caminho é procurar avaliação médica imediata. Os tipos mais comuns nesse grupo incluem leucemias, linfomas, neuroblastoma, tumor de Wilms e retinoblastoma.
A oncopediatra Amanda Ibagy ressalta que esses tumores respondem melhor à quimioterapia do que os adultos, com recuperação mais rápida. Ela destaca: “quando os pais conhecem os sinais e confiam em sua intuição, as chances aumentam consideravelmente”. Além disso, apoio psicológico à criança e à família durante o tratamento contribui para melhor enfrentamento do processo.
Organizações como o Instituto Ronald McDonald e a TUCCA oferecem suporte multidisciplinar e ajudam no diagnóstico precoce, além de garantir estrutura aos pacientes e familiares, ampliando o acesso a tratamentos eficazes.
Com informações de Estado de Minas
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