O câncer de pâncreas, conhecido por sua agressividade e alta taxa de mortalidade, é um desafio para o diagnóstico precoce, pois os sintomas geralmente aparecem em estágios avançados. A médica oncologista Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico (CTO), destaca que a maioria dos cânceres, incluindo o pancreático, não apresenta sintomas iniciais, o que surpreende pacientes aparentemente saudáveis. “A maior parte dos cânceres não possui protocolo de rastreamento. Não tem exame preventivo”, explica Sampaio.
Por ser um tumor silencioso, a detecção precoce é rara, mas essencial para um bom prognóstico. O pâncreas, localizado na parte superior do abdômen, desempenha funções vitais, como a produção de enzimas digestivas e hormônios como a insulina, que regula a glicose no sangue. Quando o tumor se desenvolve, sintomas como dor abdominal persistente, que pode irradiar para as costas, perda de peso não intencional, icterícia (pele e olhos amarelados) e vômitos podem surgir, mas geralmente em fases avançadas.
Os fatores de risco incluem tabagismo, excesso de gordura corporal, diabetes mellitus e pancreatite crônica não hereditária. Apesar de não haver exames de rotina para rastreamento, a prevenção primária é a principal estratégia recomendada. “Ter um estilo de vida saudável, praticar exercício físico regularmente, manter uma alimentação equilibrada, evitar o tabagismo e o consumo de álcool, além de combater a obesidade e o sedentarismo, pode reduzir significativamente os riscos”, afirma a oncologista.
Adotar essas medidas não só diminui as chances de desenvolver câncer de pâncreas, mas também promove a saúde geral, prevenindo outras doenças crônicas. A conscientização sobre os fatores de risco e a atenção aos sinais do corpo são cruciais, especialmente porque a doença tem uma evolução silenciosa e pode ser confundida com outras condições.
Conteúdo completo no G1
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