Julho Amarelo destaca medidas essenciais para reduzir riscos e ampliar o acesso ao tratamento. O câncer de fígado, especialmente o hepatocarcinoma, é um grande desafio na oncologia no Brasil e no mundo. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o sexto tumor mais comum globalmente e o terceiro que mais mata, com alta incidência em pacientes com doenças hepáticas crônicas. As hepatites virais B e C são os principais fatores de risco. Quando não diagnosticadas ou tratadas, podem evoluir para cirrose e, posteriormente, câncer de fígado. No Brasil, cerca de 700 mil pessoas vivem com hepatite C e mais de 1 milhão com hepatite B, conforme o Ministério da Saúde.

O Dia Mundial de Combate à Hepatite, em 28 de julho, reforça a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento. Essas ações são cruciais para reduzir a incidência do hepatocarcinoma e melhorar a sobrevida dos pacientes. A hepatite B tem vacina disponível no SUS para todas as idades, com esquema de três doses para adultos e quatro para crianças. Já a hepatite C, sem vacina, tem tratamento com antivirais de ação direta, com cura em mais de 95% dos casos em 8 a 12 semanas. A testagem é gratuita no SUS, recomendada especialmente para maiores de 45 anos, já que a doença é silenciosa e pode evoluir sem sintomas.

A prevenção inclui evitar contato com sangue contaminado, usar preservativo e não compartilhar objetos perfurocortantes. Mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, atividade física e redução do consumo de álcool, também ajudam a proteger o fígado. A pesquisa clínica e avanços em terapias oncológicas são indispensáveis para melhorar o prognóstico. A conscientização durante o Julho Amarelo é essencial para combater as hepatites e reduzir o impacto do câncer de fígado no Brasil.

Conteúdo completo na Forbes Brasil