O hábito de fumar continua sendo um dos maiores vilões da saúde bucal, afetando desde a aparência dos dentes até a integridade dos tecidos que sustentam a dentição. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), fumantes apresentam risco até 10 vezes maior de desenvolver câncer de boca e garganta em comparação aos não fumantes.
“Os danos, no entanto, começam muito antes: mudanças estéticas, mau hálito persistente, doença periodontal e lesões pré-cancerígenas são consequências comuns”, explica o cirurgião-dentista Hugo Lewgoy, doutor pela Universidade de São Paulo (USP) e consultor científico da Curaden Swiss.
De acordo com o Hugo, a nicotina e o alcatrão presentes no cigarro têm alta capacidade de aderir ao esmalte dentário, formando manchas amareladas ou acastanhadas.
“Essa pigmentação é difícil de remover com a escovação comum e costuma exigir procedimentos profissionais. Além disso, o fumo reduz a eficácia dos tratamentos estéticos, como clareamentos, que apresentam resultados menos duradouros em fumantes”, diz o cirurgião-dentista.
Além disso, o hálito característico do fumante não se deve apenas ao cheiro da fumaça. “O tabagismo altera a produção de saliva, reduzindo a autolimpeza natural da boca, e favorece a proliferação de bactérias que produzem compostos sulfurados, principais responsáveis pelo mau odor. Essa condição, chamada halitose, persiste mesmo após a escovação e pode se tornar crônica enquanto o hábito continuar”, explica.
Nesses casos, a escovação adequada também é fundamental para manter o equilíbrio do microbioma oral, pois ajuda a prevenir o crescimento de bactérias nocivas. “O cuidado deve ser realizado com uma escova com uma grande quantidade de cerdas, pois, quanto mais cerdas, menor é o acúmulo de placa bacteriana sobre os dentes e maior a eficácia da escovação”, diz Hugo, que, para evitar o desgaste do esmalte dental, também recomenda que as cerdas sejam ultramacias, como é o caso daquelas encontradas na escova CS 5460 Duo Microscope, da Curaprox, que, além de ter 5460 cerdas finas e ultramacias feitas de Curen.
Fumar também aumenta em até 80% o risco de perda dentária devido à doença periodontal, segundo estudos da American Academy of Periodontology.
“Isso ocorre porque as substâncias do cigarro prejudicam a irrigação sanguínea da gengiva e reduzem a resposta imunológica, facilitando a progressão da inflamação e da perda óssea. Como os sinais iniciais são discretos, gengivas pálidas e sangramento reduzido, muitos fumantes só percebem o problema em estágio avançado, quando a mobilidade dentária já é evidente”, explica o cirurgião-dentista.
Nesse sentido, os fumantes também devem evitar enxaguatórios orais com álcool. “Enxaguatórios orais com álcool, que é o responsável por aquela sensação de ardência, destroem tanto bactérias benéficas quanto prejudiciais, levando a um desequilíbrio ainda maior na microbiota oral”, explica Hugo.
“Embora muitos dos enxaguatórios orais disponíveis no mercado contenham álcool em sua formulação, existem alguns produtos, como a linha PerioPlus da Curaprox, que não levam o ingrediente”, diz o cirurgião-dentista, que afirma que a falta do álcool não interfere, de forma alguma, na eficácia do produto. Isso porque o ingrediente ‘padrão-ouro’ para combater os microrganismos patogênicos é a Clorexidina (CHX) e não o álcool.
“Porém, a Clorexidina também pode ter efeitos colaterais, como sabor desagradável, pigmentação do esmalte dental e alterações do paladar. Por isso, o ideal é optar por produtos com ingredientes capazes de diminuir os efeitos colaterais adversos da Clorexidina enquanto potencializam sua eficácia. É o caso do Citrox, presente nos enxaguatórios orais PerioPlus, que é composto por bioflavonóides naturais extraídos da casca da laranja amarga que potencializam o efeito antisséptico, antifúngico e antiviral da Clorexidina, possibilitando a utilização por períodos mais curtos”, comenta.
Hugo Lewgoy ressalta, além disso, que um dos riscos mais graves do tabagismo é o desenvolvimento de lesões potencialmente malignas, como leucoplasias (placas brancas) e eritroplasias (placas avermelhadas) na mucosa bucal. “Essas alterações podem evoluir para câncer, que apresenta taxa de mortalidade elevada quando diagnosticado tardiamente. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 70% dos casos de câncer de boca no Brasil estão relacionados ao consumo de tabaco e álcool”, alerta o cirurgião-dentista.
Por fim, o cirurgião-dentista reforça que escovar os dentes com escovas de cerdas ultramacias, como as da Curaprox; usar escovas interdentais CPS Prime, que também ajudam na manutenção do equilíbrio do microbioma; e incluir cremes dentais como o Enzycal 1450 e Be You, que são mais naturais e com menos aditivos químicos; e também enxaguantes bucais sem álcool, que ajudam a controlar placa bacteriana e manter gengivas mais saudáveis.
“O uso de limpadores linguais como TUNG Brush e TUNG Gel que removem o acúmulo de saburra lingual, aquela placa branca que surge sobre a língua e favorece a proliferação de bactérias nocivas que são responsáveis por produzir maus odores, é essencial para reduzir o mau hálito, além de visitas regulares ao cirurgião-dentista para identificar manchas e lesões precocemente. No entanto, nenhum cuidado é capaz de neutralizar totalmente os efeitos do cigarro. A única forma eficaz de proteger a saúde bucal é parar de fumar”, finaliza oHugo Lewgoy.
Fonte: Terra
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