Ilustração de profissionais analisando exames de biópsia líquida em laboratório, realçando as inovações no tratamento do câncer de mama.

Câncer de mama não é tudo igual: mastologista explica as diferenças

O câncer de mama é o tipo que mais afeta mulheres no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados mais de 73 mil novos casos entre 2023 e 2025. Apesar da gravidade, a detecção precoce pode elevar as chances de cura a 98%, com tratamentos menos agressivos e mais eficazes. No entanto, apenas 23,7% do público-alvo realiza a mamografia no país, índice bem abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A baixa adesão preocupa especialistas, já que a mamografia é uma das ferramentas mais eficazes para reduzir a mortalidade.

Recentemente, o Ministério da Saúde modificou suas diretrizes, recomendando mamografia para mulheres de 40 a 49 anos, além da faixa de 50 a 74 anos. Dados mostram que 23% dos casos ocorrem nessa faixa etária mais jovem, o que justifica a mudança para aumentar a detecção precoce. A medida, alinhada a práticas internacionais como as da Austrália, visa melhorar as chances de cura. No Sistema Único de Saúde (SUS), a inclusão dessas mulheres reflete a necessidade de uma abordagem preventiva. Agora, elas são incentivadas a discutir com médicos a necessidade do exame, considerando benefícios e possíveis riscos.

Para apoiar a iniciativa, o SUS implementou 27 carretas de saúde da mulher em 22 estados, pelo programa “Agora Tem Especialistas”. Essas unidades oferecem mamografia, ultrassom e consultas, incluindo telemedicina, reduzindo o tempo de espera. Além disso, 60 kits de biópsia com tecnologia de raio-X 2D e 3D foram adquiridos, melhorando a precisão diagnóstica e diminuindo a necessidade de repetir procedimentos.

No tratamento, o SUS passou a oferecer o medicamento trastuzumabe entansina para mulheres com sinais da doença após quimioterapia inicial, ampliando opções terapêuticas. Essas mudanças representam um avanço na luta contra o câncer de mama, promovendo diagnóstico precoce, melhor acesso a tratamentos e maior sobrevida.

A médica radiologista Vivian Milani, da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), destaca sete pontos essenciais: a mamografia detecta lesões imperceptíveis ao toque; a radiação é mínima e segura; o exame não previne, mas salva vidas; é rápido e pouco invasivo; mamografia e ultrassom se complementam; estilo de vida impacta mais que genética; e a idade para exame depende de orientação médica. Consultar especialistas regularmente é crucial para a saúde da mulher.

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