A radioterapia é um dos pilares fundamentais no tratamento do câncer, ao lado da cirurgia e da quimioterapia. Nos últimos anos, essa área passou por avanços tecnológicos significativos, permitindo que os tumores sejam atingidos com maior precisão e menos danos aos tecidos saudáveis. Uma dessas inovações é a chamada radioterapia guiada por imagem adaptativa, que ajusta o tratamento diariamente com base nas mudanças anatômicas do paciente.

Essa tecnologia utiliza tomografias realizadas imediatamente antes de cada sessão para redesenhar, em tempo real, a área a ser irradiada. Dessa forma, é possível direcionar melhor a dose de radiação e reduzir os efeitos colaterais. Esse recurso é especialmente importante em tumores localizados em órgãos que mudam de posição, como bexiga, próstata e pulmão. Além disso, permite aumentar a eficácia terapêutica, já que doses mais altas podem ser aplicadas com segurança.

Apesar de estar disponível em centros de referência internacionais e em alguns serviços privados no Brasil, essa modalidade ainda não faz parte da tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso significa que pacientes da rede pública não têm acesso a um tratamento que pode melhorar significativamente os resultados clínicos e reduzir complicações.

A incorporação dessa tecnologia ao SUS depende de decisões políticas, investimentos e atualização de protocolos. Especialistas afirmam que a modernização da radioterapia pública é urgente para reduzir desigualdades e ampliar o acesso a terapias eficazes. Enquanto isso, muitos pacientes seguem sendo tratados com equipamentos convencionais, que, embora eficazes, não oferecem o mesmo nível de precisão e segurança.

A chegada da radioterapia adaptativa ao SUS representaria um avanço importante no combate ao câncer no Brasil, ampliando a qualidade do atendimento e os índices de sucesso terapêutico.

Este conteúdo foi resumido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial com informações de Veja