Veja como tratar este tipo de câncer raro que afeta crianças e jovens

O sarcoma de Ewing é um tipo de câncer raro que afeta principalmente os ossos, mas também pode atingir tecidos moles ao redor deles. Este tumor é mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens, geralmente apresentando-se entre os 10 e 20 anos de idade. Nos últimos anos, a busca por informações sobre o sarcoma de Ewing aumentou devido à visibilidade de casos em figuras públicas e avanços nos recursos de diagnóstico e tratamento.

Apesar de sua incidência ser baixa quando comparada a outros cânceres ósseos, o sarcoma de Ewing exige atenção devido à sua agressividade e rapidez de crescimento. Assim, o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento contribuem de forma significativa para o aumento da sobrevida dos pacientes. O conhecimento sobre causas, sintomas, opções terapêuticas e prognóstico se tornou fundamental para familiares, profissionais de saúde e todos os que convivem com a realidade do câncer infantil e juvenil.

O que causa o sarcoma de Ewing?
As causas exatas do sarcoma de Ewing ainda não estão completamente esclarecidas pela comunidade médica. Pesquisas apontam que alterações genéticas, principalmente a translocação de partes específicas dos cromossomos 11 e 22, têm papel decisivo no surgimento deste tumor. Esse rearranjo cromossômico leva à formação de um gene de fusão chamado EWS-FLI1, responsável pela multiplicação anormal das células malignas.

Não existem fatores ambientais, comportamentais ou hereditários significativos associados diretamente ao desenvolvimento do sarcoma de Ewing. Diferente de outros tipos de câncer, histórico familiar, exposição a radiações ou agentes químicos não apresentam ligação forte com a doença. Portanto, trata-se de um tumor essencialmente ligado a alterações genéticas aleatórias, sem possibilidade de prevenção identificada até 2025.

Quais são os sintomas do sarcoma de Ewing?
Os principais sintomas do sarcoma de Ewing envolvem dor, inchaço e sensibilidade local na área afetada, normalmente ossos longos como fêmur, tíbia ou pelve. Muitas vezes, esses sinais iniciais são confundidos com lesões musculares ou traumas leves, o que pode atrasar o diagnóstico. Além disso, outros sintomas também podem estar presentes:

  • Dificuldade de movimento do membro atingido
  • Febre sem causa aparente
  • Sensação de massa ou caroço palpável
  • Cansaço e perda de peso
  • Sudorese noturna

A manifestação e intensidade dos sintomas variam conforme o estágio do tumor e a localização atingida. Caso o sarcoma atinja ossos do tórax, sintomas respiratórios, como falta de ar ou dores no peito, também podem ocorrer. A presença de sintomas persistentes, sem melhora com tratamentos comuns, acende o alerta para a necessidade de investigação médica detalhada.

Como é realizado o tratamento do sarcoma de Ewing?
O tratamento do sarcoma de Ewing envolve uma abordagem multidisciplinar, baseada em quimioterapia, cirurgia e radioterapia. Os protocolos mais comuns incluem:

  • Quimioterapia: Utilizada tanto antes quanto após procedimentos cirúrgicos, com a finalidade de diminuir o tumor e eliminar células cancerígenas restantes.
  • Cirurgia: Indicada para remoção do tumor, sempre que viável, preservando o máximo possível de função do membro afetado.
  • Radioterapia: Recurso valioso quando a cirurgia não é possível ou como complemento para controle local da doença.

A escolha do tratamento depende de fatores como tamanho do tumor, sua localização, presença de metástases e idade do paciente. Avanços em técnicas cirúrgicas e medicamentos contribuíram para melhorar a taxa de sobrevivência, especialmente quando o diagnóstico ocorre nas fases iniciais. Acompanhamento psicológico e fisioterapia são medidas fundamentais durante o processo de reabilitação.

Qual é a taxa de mortalidade e como ela evoluiu?
A taxa de mortalidade do sarcoma de Ewing varia conforme o estágio em que a doença é diagnosticada. Quando identificado precocemente e sem metástase, a taxa de sobrevida em cinco anos pode chegar a cerca de 70%. Nos casos em que o câncer já se espalhou, esse índice diminui para aproximadamente 30% ou menos, mesmo com todos os recursos terapêuticos disponíveis. Dados atualizados até 2025 mostram que os esforços na detecção precoce e nos tratamentos combinados aumentaram discretamente as chances de cura e vida longa para pacientes.


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