Cura do câncer de próstata pode chegar a 98%, diz especialista

O câncer de próstata segue como o tipo de tumor mais frequente entre os homens brasileiros e deve somar mais de 71 mil novos casos em 2025, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). A alta incidência reforça a importância do rastreamento regular e da atenção à saúde masculina.

Apesar dos números elevados, o cenário é considerado otimista quando a doença é identificada no início. Nessas situações, as chances de cura podem chegar a 98%, como explica o urologista Rômulo Augusto da Silveira, coordenador do Serviço de Urologia do Hospital Universitário do Ceará (HUC).

Segundo o especialista, dois pontos determinam esse resultado: o diagnóstico precoce e o estágio inicial do tumor. “Diagnóstico precoce que se consegue com a prevenção. Estágio inicial da doença, câncer com índice de agressividade baixa, doença ainda localizada na próstata e baixo risco de recidiva bioquímica”, explica.

Acompanhamento é chave

O acompanhamento anual com o urologista continua sendo a principal recomendação. Sobre a frequência, o médico explica: “o recomendado seria comparecer ao urologista anualmente, podendo o exame físico ser feito de 2 em 2 anos ou até 3 em 3 anos se o urologista ficar satisfeito com os exames de rotina e na evolução ao longo do tempo.” 

No entanto, o exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) e o toque retal seguem como exames complementares fundamentais para identificar alterações antes que o tumor avance.

Quando o diagnóstico é confirmado, diferentes abordagens podem ser adotadas, sempre de acordo com o perfil e o estágio da doença. Dr. Rômulo lista as principais: “Vigilância Ativa, Tratamento Cirúrgico, Tratamento Radioterápico e Tratamento focal (experimental)”. Na maioria dos casos iniciais, cirurgia e radioterapia têm alto índice de sucesso e permitem que o paciente retome suas atividades com qualidade de vida.

Mesmo com boas perspectivas, o maior desafio segue sendo o comportamento masculino. Muitos homens adiam consultas e só procuram atendimento quando surgem sintomas, fase em que o tumor costuma estar mais avançado. Em 2023, mais de 17 mil brasileiros morreram por câncer de próstata, média de 47 por dia, número que poderia ser menor com rastreamento regular.


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