Médica recomenda praticar exercícios durante o tratamento de câncer; entenda

Durante o Caras Talks Outubro Rosa, a nutróloga convidada, Andrea Pereira, destacou que os pacientes em tratamento contra o câncer, como os que fazem quimioterapia ou radioterapia, devem manter uma rotina de atividades físicas. A recomendação é reforçada até mesmo pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

Como os treinos ajudam durante a quimioterapia?
De acordo com a especialista, é comum que muitas pessoas fiquem em dúvida sobre começar a praticar exercícios ou interrompê-los após o diagnóstico. A orientação, conforme explica a SBOC, pode variar em determinados casos. No entanto, está comprovado que a prática de atividades físicas é essencial não somente para garantir o bem-estar, como para potencializar a ação dos tratamentos.

Os treinos aeróbicos e de força muscular durante as intervenções contra o câncer, por exemplo, ajudam a reduzir os efeitos colaterais, principalmente emocionais, como ansiedade e a depressão, além de combater a fadiga. “Às vezes, a pessoa fala: ‘Mas no dia da quimio eu fico muito mal’. E eu digo: ‘Olha, se nesse momento está difícil, faça um alongamento’. Isso vai possibilitar, inclusive, diminuir algo que vem depois, que é a fadiga. O exercício alivia a exaustão física. A gente precisa se cansar para cansar menos”, explica Pereira.

Ademais, segundo a SBOC, a prática de atividades físicas no período pré-operatório contribui para encurtar o tempo de internação e até prevenir complicações pós-cirúrgicas. Os exercícios também controlam quadros de inflamação, permitem melhor absorção dos tratamentos e potencializar a resposta à quimio, radioterapia e imunoterapia.

Recomendações
Por isso, a nutróloga indica ao menos 150 minutos por semana de treinamento físico de intensidade moderada. Dessa forma, é possível prevenir obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, fatores que impactam as intervenções de combate à doença. Além disso, estudos mostram que as atividades estão associadas a uma redução de 38% do risco de mortalidade por causas oncológicas nos casos de câncer de mama, cólon-retal e próstata.

Segundo Andrea Pereira, as principais práticas recomendadas costumam ser corrida e caminhada. Entretanto, como alternativa, ela orienta retomar alguma aula ou treino que você gostava de fazer antes do diagnóstico. “Médicos, geralmente, só falam desses exercícios, como se não existissem outros. Mas a pessoa pode fazer outras atividades. Às vezes é um momento de resgatar algo que você perdeu. ‘Ah, eu fazia balé e gostava, ou natação, ou lutas’. Eu acho que o importante é ter esse período de reflexão”, reforça.

Fonte: Terra


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