A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decretou, na quarta-feira (29/10), a proibição do uso de duas substâncias químicas em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Os ingredientes podem estar presentes em produtos usados para fazer unhas artificiais ou esmaltes em gel e possuem potencial cancerígeno e risco de causar infertilidade.
As substâncias proibidas são o TPO [óxido de difenil (2,4,6-trimetilbenzol) fosfina] e o DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina), também conhecido como dimetiltolilamina (DMTA). Segundo a Agência, o primeiro é classificado como tóxico para a reprodução, podendo prejudicar a fertilidade, enquanto o segundo é considerado uma substância que pode causar câncer em humanos. Ambos exigem exposição à luz ultravioleta (UV) ou LED para sua ativação.
A fabricação, importação e concessão de novos registros ou notificações para produtos que contenham TPO ou DMPT estão proibidas a partir da data de publicação da medida. As empresas e estabelecimentos que utilizam produtos com essas substâncias têm o prazo de 90 dias para encerrar a comercialização ou o uso. Após esse período, todos os registros e notificações desses produtos serão cancelados pela Anvisa, e as empresas responsáveis deverão recolher as unidades que ainda estiverem em lojas e distribuidoras.
Apreensão de produtos
Além das substâncias usadas em cosméticos, a Anvisa também determinou a apreensão de dois lotes falsificados do medicamento Rybelsus, à base de semaglutida e indicado para o controle dos níveis de glicose no sangue em adultos com diabetes tipo 2. A medida atinge apenas os lotes N088499 e P08A472, e proíbe sua comercialização, distribuição e uso.
As unidades apresentavam características diferentes do produto original fabricado pela empresa, como:
- erro na escrita do local de fabricação;
- fonte do nome do princípio ativo;
- logotipo da empresa divergente;
- diferença no layout (organização dos elementos visuais);
- campos de dados variáveis, marca d’água e material da bula distintos.
Também foi determinada a apreensão de nove medicamentos, a maioria anabolizantes, todos em situação irregular e produzidos por empresa não identificada. Por isso, eles foram proibidos de ser comercializados, distribuídos, produzidos, importados, divulgados e usados. Segundo a Anvisa, a medida foi tomada após comprovação da divulgação e a venda dos produtos, que não possuem registro na Anvisa e são fabricados por empresa desconhecida. Os itens proibidos foram:
- Testolone (todos os lotes);
- Trenabol (todos os lotes);
- Anabol (todos os lotes);
- Anavar (todos os lotes);
- Decabolin (todos os lotes);
- Primobolan (todos os lotes);
- Lipodrene (todos os lotes);
- Tribulus com Tadala (todos os lotes);
- SLU-PP-332 (todos os lotes).
Fonte: Correio 24 Horas
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