Johnson & Johnson é condenada a pagar US$ 40 milhões a pacientes com câncer após uso de talco

A Johnson & Johnson, empresa de cuidados de saúde, foi condenada a pagar uma indenização de US$ 40 milhões a duas mulheres que alegam que o talco fabricado multinacional causou câncer de ovário. A empresa disse que vai recorrer da decisão, concedida por um júri de Los Angeles, nos Estados Unidos, na última sexta-feira (12).

A decisão é resultado de uma batalha judicial envolvendo alegações de que o talco do Johnson’s Baby Powder e Shower to Shower body powder estava relacionado ao câncer de ovário e ao mesotelioma, um câncer que atinge os pulmões e outros órgãos. “A única coisa que eles fizeram foi ser fiéis à Johnson & Johnson como clientes por apenas 50 anos”, disse seu advogado, Daniel Robinson, do escritório de advocacia Robinson Calcagnie, em Newport Beach, Califórnia. “Essa lealdade foi uma via de mão única.” A Johnson & Johnson parou de vender talco em pó em todo o mundo em 2023.

Erik Haas, vice-presidente mundial de litígios da J&J, disse em um comunicado que a empresa havia vencido “16 dos 17 casos de câncer de ovário que julgou anteriormente” e esperava fazer o mesmo ao recorrer da decisão de sexta-feira.

Haas considerou as conclusões do júri “inconciliáveis com as décadas de avaliações científicas independentes que confirmam que o talco é seguro, não contém amianto e não causa câncer”.

A Johnson & Johnson substituiu o talco em seu pó de bebê vendido na maior parte da América do Norte por amido de milho em 2020, após o declínio nas vendas. Em abril, um juiz do tribunal de falências dos Estados Unidos negou o plano da J&J de pagar US$ 9 bilhões para resolver ações judiciais relacionadas ao câncer de ovário e outros tipos de câncer ginecológico com base em produtos relacionados ao talco.


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