Retinoblastoma: o câncer infantil que atinge os olhos

O retinoblastoma pode ser unilateral (quando atinge apenas um olho) ou bilateral (tumor nos dois olhos). O primeiro caso é mais comum. De acordo com o Inca, corresponde a 75% dos diagnósticos da doença. Destes, 90% surgem da mesma forma que outros tipos de câncer (mutação em alguma célula). Já o bilateral, hereditário e presente em 25% dos pacientes, é caracterizado pela ocorrência de mutações do gene RB1.

Sintomas

Os pais devem ficar atentos principalmente à leucocoria, um reflexo branco na pupila, popularmente conhecido como reflexo do olho de gato. Ela está presente em 90% dos casos diagnosticados. A mancha esbranquiçada indica que uma fonte luminosa está incidindo sobre a superfície do tumor e impede a passagem de luz. É possível identificar a leucocoria apontando uma luz branca sob os olhos da criança ou até mesmo por meio de uma foto com flash. Fotofobia, estrabismo, heterocromia, sangramento em alguma parte do olho e vermelhidão são outros sinais que requerem atenção. Em fases mais agudas, o paciente pode apresentar dores de cabeça, dores nos olhos e globo ocular maior do que o normal (o que pode até afetar a visão parcial ou total).

Diagnóstico

Não há nenhuma forma de prevenir o retinoblastoma, mas, quanto mais cedo descobri-lo, melhor. “O estágio avançado de doença se correlaciona com o atraso no diagnóstico”, alerta o Inca. Recomenda-se a visita a um oftalmologista antes de a criança completar um ano, apresentando ou não os sintomas. A visita a um profissional se torna obrigatória quando os pais identificam os sintomas relatados, sobretudo a leucocoria. O levantamento do histórico familiar, o exame de fundo do olho e a ressonância nuclear magnética de órbita são ferramentas preciosas para o diagnóstico preciso. Geralmente, não é necessária a confirmação por biópsia.

Tratamento

As chances de cura são estimadas em 90%. No entanto, o diagnóstico tardio costuma deixar sequelas. Mais de 50% dos pacientes acabam submetidos à enucleação (remoção cirúrgica do globo ocular). As abordagens, em muitas ocasiões, são combinadas.

Principais tratamentos:

  • laserterapia (para os tumores menores);
  • crioterapia (congelamento e destruição do tumor);
  • quimioterapia (redução do tamanho do tumor para prevenir sua multiplicação);
  • radioterapia (outra técnica que consiste em reduzir o tumor);
  • quimioterapia intra-arterial (injeção do quimioterápico na artéria que fornece sangue ao olho);
  • enucleação (retirada do globo ocular via procedimento cirúrgico);
  • transplante de medula óssea (quando a doença reaparece fora do olho);
  • transplante de célula tronco (quando a doença se dissemina para fora do olho).

Fonte: JovemPAM


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Um comentário

  1. Por isso é tão importante ir ao médico mesmo sem estar doente. Tem gente que não vai pq não tem acesso e isso é totalmente aceitável (da parte do paciente pq o governo precisa dar esse acesso a todos), mas tem gente que não vai pq tem preconceito e dizem “quanto mais eu vou mais problema eu acho”, mas isso é bom pq descobre logo e trata logo antes de ser irreversível. No meu ponto de vista, todos deveriam ir ao médico de 6 em 6 meses pra ver se ta tudo bem. Pq como no caso dessa doença, um bebê consegue se recuperar mas quanto mais tarde descobre pior é e isso acontece com outras doenças também. Vamos ao médico! Vamos participar das campanhas que o governo oferece de exames, ação social, orientações… Vamos cuidar da nossa saúde!

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