Lívia dedica sua vida a José Carlos após câncer cerebral e perda de memória dele

O encontro entre Lívia Souza e José Carlos Pereira Lima parecia escrito pelo destino. Em 2010, ainda adolescentes, foram apresentados por um amigo em comum. O tímido cumprimento de José não chamou a atenção, mas dias depois, Lívia sonhou que se casava com ele. Parecia um delírio, mas se tornou realidade dois anos depois, quando começaram a namorar. O pedido inusitado veio por MSN, e, mesmo sem nunca terem se beijado, ela aceitou. Pouco tempo depois estavam morando juntos, e aos 18 anos, surpreenderam amigos e familiares com o casamento. O que começou como uma história de amor acelerada, parecia a realização de um sonho, até que, em 2019, José começou a apresentar sinais de que algo estava errado: ciúmes incomuns, crises convulsivas e mudanças de comportamento.

Após exames, veio o impacto: um glioma grau 2, tumor cerebral com expectativa de vida limitada. O desespero tomou conta de Lívia, mas a fé falou mais alto quando, meses depois, em Brasília, o diagnóstico mudou: linfoma não Hodgkin de grandes células tipo B. José passou por oito ciclos de quimioterapia e sessões de radioterapia em meio à pandemia de 2020. Nesse processo, perdeu memória e funções cognitivas, tornando-se totalmente dependente da esposa. Foi um período de imensas provações, agravado pela perda precoce da irmã de Lívia, Érica, aos 18 anos. Antes de falecer, a jovem fez a irmã prometer que nunca abandonaria José. A promessa ecoa até hoje, guiando sua dedicação inabalável.

Para se adaptar, Lívia abriu mão do trabalho em banco e passou a atuar em home office. A rotina é intensa: dar banho, alimentar, acompanhar consultas e ainda encontrar maneiras de proporcionar momentos de alegria. José pode não lembrar do passado, mas guarda a lembrança de que ela é sua esposa e surpreende pela memória musical. Mesmo diante da dor, Lívia encontrou apoio psicológico e transformou sua história em força para outros ao compartilhar sua rotina no TikTok, onde acumula milhões de visualizações e mensagens de carinho. As redes sociais se tornaram um espaço de respiro em meio ao fardo da doença.

Hoje, aos 28 anos, Lívia descreve sua jornada como viver o luto de alguém que não morreu. O companheiro que antes era amigo, confidente e parceiro de sonhos agora precisa de cuidados constantes, mas ainda é fonte de amor e alegria. O futuro é incerto, e ela evita fazer planos longos desde a perda da irmã. Apesar disso, mantém viva a esperança de que José possa recuperar parte de quem foi. Entre lembranças que desapareceram e novos capítulos que surgem, Lívia demonstra que o amor verdadeiro não depende apenas da memória, mas da entrega diária, da fé e da resiliência diante das maiores provações. 💙🩷

Este conteúdo foi resumido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial com informações do portal Terra

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